domingo, 1 de novembro de 2015

Coluna - Os Sonhos da Babi


"Sentamos de frente ao mar e começamos a procurar no que colocar a culpa do nosso relacionamento ter chegado ao fim depois de tantas tentativas e fracassos. Olhávamos aquelas ondas e o mar agitado, que nem nós dois no começo. Queríamos abraçar o mundo com nossos braços, entrelaçar soluções e dar fim aos nossos problemas. Quando nos deparávamos com alguma situação inédita fingíamos estar tudo bem. Quando era algo corriqueiro fazíamos drama e cada um ia pro seu canto chorando mágoas de um fim de romance. Mas se o romance reacendia após uma noite de sono, era dia de calmaria. Nos amávamos e esquecíamos que os problemas eram maiores que nós dois.
Já ouviu dizer que há romances feitos para durar? Pois o nosso foi feito pra nem começar, mas se tinha uma coisa que fazíamos bem era fingir, era remendar rasgos solitários numa veste desbotada. Se havia respeito ao próximo não havia a nós mesmos. Vivemos um poema imundo e torpe, sem razão ou não. Amor próprio passava longe, brigas constantes.
Se eu pudesse te pedir algo olhando para o mar eu pediria que te afundasse, que se jogasse e pra longe fosse com essas águas. Não posso mais me transbordar de mentiras e tentar viver de um modo no qual não acredito.
Deixa que me jogo nesse mar, mato a minha sede de sal já que o açúcar melou demais meu coração.  Quanto drama! Procurei mil razões mas só encontrei recifes e corais nesse imenso mar de lamentações."


Por Bárbara Lima

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